fato em palavras

Sei ser mal-educada, convincente, fingida, aparentemente feliz; mas prefiro ser irritantemente humana, reservada e educada. Eu não finjo nada, não consigo. "Banco eu mesma", transparecendo o meu "humor do segundo", porque é a única coisa que não consigo "maquiar". Sei ser "a loba mal", mas prefiro continuar sendo a "louca adormecida". Sei passar o batom mais forte, mas só passo o batom que me convém, e se eu quiser. Sei ficar bem ao vestir o vestido mais decotado, não gosto de abusar; afinal, gosto de sensualidade, não de vulgaridade. Sei beber todo aquele copo daquela cervejinha vagabunda, contudo,abusei. Já tentei. Bebidas alcoólicas de certo modo me convém. Sei rir daquela cantada idiota, entretanto, não dou risada disso, porque prefiro fingir que não entendi. Sei como ninguém me deprimir com meus defeitos, contudo, imagino que meu cérebro deve ser mais bem tratado, não? Sou um grão de areia cortado em mil no universo, e ainda assim, acho que sou um planeta complexo. Sei de muita coisa e ainda assim não sei de nada. Faço tudo o que mostra quem sou e não o que eu sei. Traduzindo: Minhas ações mostram quem sou, meu conhecimento apenas me dá a noção do que posso vir a ser. E agora? Bem, falta-me unicamente saber o que há sobre você de novo para tomar conhecimento. Sei não aparentar interesse, mas morro de curiosidade por dentro. Nesse único caso, eu sei e faço isso com uma frequência que ninguém é capaz de imaginar. Só quem lê o que escrevo é capaz de dizer que sabe um pouco sobre mim.