quarta-feira, 21 de julho de 2010

Tudo se Mistura


Dor de cabeça, muscular, de cotovelo, os dedos, no tornozelo, no pulso, no joelho, na bochecha e Dor enorme dor no coração 'de saudade'.
Vontade de rir até a barriga doer, de comer brigadeiro, de fazer nada, de viver intensamente, sumir no mundo, pular de um penhasco, de terminar meus cinco livros começados, de morrer e de se desfazer em choro,e a maior vontade estar contigo nesse exato momento,te abraçar e te ter em meus braços pra não soltar mais.
Sonhando acordada, dormindo, com fones de ouvido, com fotos na tela do computador, olhando o sol brilhando, com filmes e seus personagens, com livros e mais personagens, com pessoas reais capazes de desfazer meus sonhos.
Sofrendo com a verdade, a mentira, e a falsidade, com notas baixas, tardes loongas de estudos, conversas monótonas no computador, com a vida, com os diasquentes, e a grande preguiça de tarde ou melhor o dia todo.
Cansada da rotina,do riso sem ânimo, e do choro contido, da ingratidez da vida e muito mais da ironia do destino.

Mas..tudo isso some,quando te tenho por perto,fique comigo,me beije,me diga que sou só sua e que sou seu maior amor,e que vai me proteger de tudo e de todos,que ficaremos juntos por toda a vida e fazemos planos pro futuro..É só você estar por perto que minha vida se torna melhor,e que tudo isso fica o oposto e é só felicidade.

É verdade que o que os olhos não veêm...




Acordou e apalpou o lado da cama onde ele deveria estar, abriu um de seus olhos castanhos claros e viu que a cama continuava do mesmo jeito da noite passada, isso significava que ele não havia perdoado ela ainda. Mas havia sido uma briga tão boba! Como ele acha que tudo aquilo iria acabar de uma noite para a outra? Levantou-se e foi até o espelho, deu uma ajeitada nos cachos que lhe emolduravam o rosto e abriu a janela, para um belo dia de primavera. Onde as flores estavam vivas após um longo inverno e os pássaros voam novamente e cantavam melodicamente sua felicidade primaveril.
...o coração não sente?

Passou um tempo olhando para a rua que se estendia em sua visão até a esquina, esperando que ele aparecesse com um buquê de rosas vermelhas nas mãos dizendo para que esquecessem aquela bobagem e que tudo iria ficar bem. Mas não foi assim, que aconteceu. Ficou ali parada por uns longos 15 minutos, mas nada mudou e ela sentiu o peso dentro dela. Tomou um banho rápido, se vestiu e saiu para ver a primavera de perto, em um parque próximo onde ela sempre costumava ir.

Mas o que o coração sente...

Sentou-se embaixo de uma árvore e ficou lendo um romance que havia apanhado na biblioteca do colégio, ficou um bom tempo imersa na história, mas se cansou e fechou o livro. Se deitou sobre a grama verde e ficou olhando as nuvens no céu azul e seus desenhos, sabia que isso faria o tempo passar...Colocou os fones no ouvido e fechou os olhos, como se ficasse invisível toda vez que fizesse isso. Enquanto a música tocava ela não escutou nada, nenhum ruído, nenhuma voz, mas assim que a música acabou ela escutou sua voz, cantando ao seu lado aquilo que ela ouvia a poucos segundos, abriu os olhos e viu ele ali, sentado ao seu lado com seus olhos que tanto falavam.

...os olhos certamente não vêem.

Se encararam por um longo tempo, e o silêncio foi matador mas necessário, a verdade estava estampada em seus olhares mas o sentimento de cada um deles, não estava sendo mostrado. O que os olhos diziam era apenas perdão, mas ela sabia que ele era o que ela mais queria na vida e tinha esperança de que ela, era a mesma coisa pra ele. Ele se aproximou e ela o abraçou, ficaram daquele jeito até que as lágrimas escorressem pelos olhos dela. Ela se afastou e ele levou a mão as lágrimas insistentes e lhe deu um beijo, ela riu e eles ficaram ali sentados ao sol vendo o dia passar e as pessoas passarem junto. Mas o que as pessoas viam quando olhavam para aquele casal apaixonado, com toda a certeza não chegava nem perto do que o coração dos dois sentia.