segunda-feira, 25 de junho de 2012

Por enquanto.

Eu não sei mais fazer poesia, se é que um dia eu soube.
Não falta vontade, nem sentimento; e as linhas do papel gritam para serem preenchidas, o lápis implora para dançar de forma descarada e vulgar sobre o papel, que quer contar uma nova história inexistente. Mas eu não consigo.
Talvez, falte coragem de escancarar ao mundo o que me tem amedrontado o peito.
[…]
Quero passar de forma longínqua pelos olhares atentos de quem procura entender o que minha escrita cega supõe.
Eu não quero ser descoberta, revelada ou observada.
Então eu não sei mais fazer poesia…
nunca soube,
ao menos, por enquanto.