segunda-feira, 25 de junho de 2012

Por enquanto.

Eu não sei mais fazer poesia, se é que um dia eu soube.
Não falta vontade, nem sentimento; e as linhas do papel gritam para serem preenchidas, o lápis implora para dançar de forma descarada e vulgar sobre o papel, que quer contar uma nova história inexistente. Mas eu não consigo.
Talvez, falte coragem de escancarar ao mundo o que me tem amedrontado o peito.
[…]
Quero passar de forma longínqua pelos olhares atentos de quem procura entender o que minha escrita cega supõe.
Eu não quero ser descoberta, revelada ou observada.
Então eu não sei mais fazer poesia…
nunca soube,
ao menos, por enquanto.

domingo, 24 de junho de 2012




 
"Eu sinto tanto apreço por corujas, que espero que essa modinha geral de corujas logo passe."
 ( #ps. guardar lembrança em frases de duplo sentido.)
~e bate aquela brisa,viajando na madrugada,bolando idéias,se reconstruindo aos poucos~

Tempos difíceis pra todo mundo.

Não havia notado, mas faz muito frio por esses dias na minha cidade verde.

-Descrição de D.

Sou a mulher estranha e de olhos hipnóticos que o Caio Fernando citou entre seus versos e contos. Sou vez ou outra a moça de sorriso aberto que Maria Gadú cantou em uma de suas canções. Tem dias que como diz a Marla Queiroz, os espinhos me definem bem melhor. Não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo, como disse o Augusto Cury no seu livro que mais me marcou um dia. Sou leve como a brisa ou forte como a ventania, já dizia Clarice Lispector. Sou cheia de manias. Tenho carências insolúveis. Sou teimosa. Hipocondríaca. Raivosa, quando sinto-me atacada, já dizia a Fernanda Young. A Martha Medeiros disse uma vez que eu sou feita de sonhos interrompidos, detalhes despercebidos e amores mal resolvidos e devo concordar com ela que ainda continuou e disse, que sou amor e carinho constante, distraída o bastante, não paro um instante. Até o Bob Marley me definiu um dia, tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança que tem por trás dele, é Bob razão a você. E como se não pudesse faltar a Tati Bernardi saiu falando sobre meu eu por ai, ela disse que eu sou uma pessoa de dentro para fora, e que minha beleza está na minha essência e no meu caráter, ela sabe que ainda acredito em sonhos e deixo de lado a utopia, e sonho alto, bem alto. Mas como diz a Fernanda Mello eu não sou boa com números, com frases feitas, e com morais de história, gosto mesmo do que me tira o fôlego, e tenho dito. Sou um inverno intenso, e isso eu descobri sem ninguém falar, descobri quando ainda pequena gostava de sentir o frio cortar a pele e não corria pra me agassalhar. Sou um bom filme de romance daqueles com final feliz, mas que não acredita no “pra sempre”. Sou um bom mpb, de preferência a linda voz da Ana Carolina ao meu ouvido, ou quem sabe o Caetano. Sou uma infinidade de cheiros, doces, fortes, suaves. Sou todos os livros que li e todos que compro na esperança de ler um dia. Sou as recordações que guardo e as que me desfiz. Sou mau humor quase todo dia, mas tem dia que sorrio também. Sou Dani porque amo ela e sem ela eu não sei viver. Sou doce mas prefiro o salgado. Sou carência todo dia o dia todo, mas um dia eu ei encontrar alguém, escreve isso. Sou sorvete, gosto de sorvete, de tantos sabores que não defino um. Sou amigos, tenho poucos verdadeiros, mas eles dizem me amar e que continuem a dizer. Sou meus avós, no sangue, na veia, na alma. Sou minha mãe, toda ela, completamente ela, a mulher da minha vida. Sou arte, pinto, danço, bordo, canto e nada faço da vida. Sou perdão, mas não esqueço, perdão esquisito né? Vou reclamar com meu peito. Sou memórias, boas, ruins, que me alegram ou assombram. Sou desenho animado, não passo um dia sem ver. Sou lasanha, adoro massas. Sou regime, vivo brigando com a balança. Sou azul, nunca gostei mais do rosa e seus devirados, será algum problema comigo? Vai saber. Sou coca-cola o tempo inteiro. Sou livro, internet,celular e festa. Sou cabelo em metamorfose ambulante. Sou cama, o tempo inteiro se puder. Sou chinelo e roupa folgada. Sou o anel que não sai do meu dedo mindinho. Sou irritavél. Sou amável. Sou quieta e tumultuada. Sou comédia, uma boa comédia. Sou dengo, de um modo que poucos suportam. Sou luz dos olhos, de tão minha que é essa canção. Sou eu, eu mesma, eu completa, eu doída, entregue, feliz e buscando a felicidade. Sou a menina dos olhos estranhos.Sou do ser superior. Sou entregue a Ele de corpo, alma e coração. Sou o que você leu. Sou o que você imaginou. Sou o que você sorrio. Mas só quando eu quiser.