Dançando ele me beijou,estava desprevinida e em um aperreio entre amigas, jurei, mesmo sem ele pedir, não contar pra ninguém, foi de repente, inesperado, estremecedor e proibido parecia que era diferente, até hoje eu não sei. Dormi pensando que tinha mudado tudo, que a partir daquele momento tudo seria diferente, pensando que levaria só comigo pra sempre aquele segredo e ponto.O que ele pensava, não sei. Sei que não me deixou, não me deixou esquecer, não me deixou esconder, não me deixou ir sozinha, sei porque tentei muito ir, ele não deixava de jeito nenhum, mudei tudo, fiz uma reviravolta, enfrentei olhares furiosos, decepcionantes, inquisitivos. Tive medo de "pular" e então ele ficava me puxando, até que mergulhei, mergulhei fundo, tão fundo que eu quase não lembro onde tudo começou.E decepções servem para limpar a mente,é uma das piores dores da vida,mas se aprende,e se aprende muito. E nada melhor do que se sentir valorizada. E como o velho ditado,só se valoriza quando perde, infelizmente.
E naquele dia você perdeu,perdeu muito..perdeu tambem a palavra,a voz ,a confiança,e um sentimento puro que se brotava e foi pisado.
Mas o tempo é mesmo sagrado,e foi curando tudo,e como se esse amor ja fosse escrito nos nossos destino,ele cuidou direitinho para tudo brotar de novo,e assim,formar algo bem mais forte,limpo,e corajoso.Capaz de enfrentar tudo e todos,buscando a felicidade,a nossa felicidade.
Era surpresa de todos,mas tudo prosseguiu,como se tudo ja houvesse ocorrido.
É,ninguem falou que ía ser fácil,mas estavamos tão dispostos a isso,que nem nos ligamos pra esse fato,e fomos ultrapassando um por um,cada barreira,sorrindo e brincando,sendo feliz,de verdade.
E assim,com essa nossa história,parei para ler diversos textos,e histórias de vários escritores (caiof. clarice lispector,nelson rodrigues,cristiana guerra,tati bernardi e muitos outros...),que se encaixavam aqui dentro,me sentindo cada vez menos vazia,até te ter de novo ao meu lado, também aprendi que o amor interrompido em seu auge permanece bonito para sempre. O que pode ser muito doído ou pode ser um presente. Depende de como a gente quer guardar. Depende de como a gente quer seguir.
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